Conhecida também como “doença da roseira”, ela é causada por um fungo que ataca os sistemas de cães e gatos. Saiba mais sobre a esporotricose!
Seu cão ou gato está apresentando lesões cutâneas? Principalmente na cabeça e extremidades da pata? Ele pode ter sido pego pela esporotricose, uma doença provocada pelo fungo Sporothrix spp, que se não tratado, pode ser fatal a vida do pet.
A esporotricose também pode ser transmitida dos animais para os humanos, sendo considerada uma zoonose de risco.
Vamos conhecer melhor sobre essa doença e evitar que ela atinja cães, gatos e humanos? Aproveite a leitura do blog!
Esporotricose animal: o que é?
Ela também pode ser conhecida como “a doença da roseira”, pois o fungo causador da doença é comumente encontrado em roseiras, arbustos, musgo e solo natural em geral. A transmissão ocorre se o animal conter uma abertura ou lesão na pele. Assim, o fungo se instala e a doença começa.
A doença pode ser transmitida até mesmo por animais que não apresentam nenhum sinal da doença. Por isso, o ideal é realizar um check up mensal, já que os fungos podem ficar dentro das unhas do animal, e ele transmita a doença em uma arranhada, por exemplo.
Como a esporotricose é transmitida?
O fungo causador da esporotricose é encontrado em diversos lugares da natureza, assim como em locais com higiene e saneamento básico precário, como lixões e locais com problemas de limpeza.
Este fungo necessita de altas temperaturas para sua proliferação, e por isso são mais comuns em regiões tropicais e temperadas, como no Brasil.
O animal não é o único agente transmissor da doença: antigamente, os profissionais que trabalhavam em roseiras e locais da natureza costumavam se contaminar bastante, infectando-os através de uma lesão que já existia na pele ou em cortes com espinhos de rosas.
Se o pet estiver em contato com esses locais, ou com outros animais, todo o cuidado é pouco, pois ele pode receber a doença e transmiti-la até você, o tutor dele.
Principais sintomas da esporotricose
A doença, que pode atingir tanto cães quanto gatos, conta com um sintoma em especial, parecidos para ambos:
- Lesões cutâneas na pele, principalmente na cabeça e extremidades.
Em casos mais graves, o animal pode sentir febre, fraqueza e anorexia.
O grande problema da esporotricose é que as lesões, se não tratadas, geram a inflamação do tecido (cancro esporotricótico), posteriormente afetando os órgãos internos do animal (pulmões, ossos, sistema nervoso, mucosas).
Essas feridas possuem a característica de serem avermelhadas, em formato nodular, não coçam e não geram dor. Mas são difíceis de serem tratadas, não saram com antibióticos, pomadas e demais tratamentos convencionais.
Já que a esporotricose atinge diversas partes do corpo do animal, ela é classifica em três tipos:
- Cutâneo: os sinais da doença são caracterizados por nódulos firmes;
- Cutâneo-linfática: a infecção progride da pele, passando a afetar agora o sistema linfático do corpo, responsável por defender o organismo e transportar líquidos linfáticos para o sistema circulatório;
- Disseminado: são os casos mais graves da esporotricose, onde ocorre a infecção generalizada do organismo, afetando os órgãos pulmão, mucosas, sistema nervoso, ossos, etc.
Os felinos são os animais mais suscetíveis a contraírem a esporotricose, pela evolução da doença.
Meu gato ou cachorro está com esporotricose, e agora?
O diagnóstico é feito quando o médico-veterinário analisa o histórico do paciente: se ele tem acesso e contato com a natureza ou se participou de brigas de rua, por exemplo. Depois, ele poderá solicitar exames de citologia, cultura de fungos e biópsias das lesões poderão concluir o diagnóstico.
Apesar disso, este diagnóstico não é tão simples, já que a doença pode ser confundida com a leishmaniose e herpes. O médico-veterinário deve se atentar profundamente e solicitar os exames que descartem as possibilidades de esporotricose.
Existem medicamentos eficazes contra a esporotricose, mas nem mesmo os melhores remédios podem curar os casos mais graves da doença, onde o animal já teve a infecção generalizada para seus órgãos. Por isso, em todos os blogs sobre doenças nós destacamos a importância do check up mensal e trimestral, ou a qualquer sinal de doença, assim que os sintomas forem percebidos.
Saiba agora como tratar a esporotricose
Se o seu pet foi diagnosticado com esporotricose, o médico-veterinário deve indicar alguns medicamentos para inibir os fungos. Administrados de forma oral ou injetável por um profissional, os antifúngicos são responsáveis por eliminar os causadores da doença.
É importante destacar que o tratamento é longo e delicado. Pode levar meses até que o animal se cure totalmente da doença. No caso das infecções secundárias, que costumam acontecer na fase cutânea-linfática, podem ser administrados também alguns antibióticos.
Nos casos de esporotricose em gatos, animais mais delicados ao tratamento e a doença, a avaliação e prescrição de medicamentos deve ser unicamente de um profissional especializado. Nunca tente medicar seus animais por conta própria, você pode prejudicar – e muito a saúde deles.
Prevenção: como evitar a esporotricose
Além de ser um risco de vida para os animais, a doença da roseira pode afetar os seres humanos também. Para evitar que esse contágio aconteça, existe uma série de medidas baseadas em cuidados higiênico-sanitários para reduzir o risco de transmissão.
Saiba o que fazer nos casos de animais contaminados pela esporotricose:
- Isolar o animal com esporotricose até a cura total;
- Caso ele não possa permanecer em isolamento, desinfetar o local em que o pet habita com hipoclorito de sódio. O profissional veterinário será responsável por indicar a dosagem adequada;
- Realizar uma rigorosa assepsia após o contato do dono com o animal;
- Afastar o animal que contraiu a esporotricose de outros animais saudáveis;
- Utilizar equipamentos de proteção para manusear o manual. Luvas são um bom exemplo;
- Em casos fatais, não enterre seu animal no quintal de casa. Isso pode criar um novo foco da doença. O ideal é levá-lo ao veterinário para que ele seja cremado.
A doença da roseira é perigosa para cães, humanos e principalmente gatos. Contraída através do contato com fungos que vivem na natureza, em rosas, folhas, terra etc, ela provoca pequenas erupções cutâneas que se não percebidas e não tratadas, podem se desenvolver, desencadeando em infecções generalizadas que podem atacar os ossos, sistema nervoso central, mucosa e até mesmo os pulmões dos animais.
Para os humanos, os sintomas são concentrados em lesões ulceradas com pus, feridas e caroços, tosse e falta de ar quando o fungo atinge os pulmões.
Prevenir a esporotricose é a melhor forma de não estar suscetível a doença, colocando a sua vida e a dos seus pets em risco.
Você já fez o check up mensal ou trimestral do seu pet? Ele é muito importante para diagnosticar doenças como a esporotricose, diferenciando ela de outras doenças como a leishmaniose, e oferecendo o tratamento adequado para que o animal tenha uma boa qualidade de vida.
Aqui na Pets House Centro Veterinário, você realiza o check up do seu animal com segurança e muito cuidado. Temos profissionais em diversos tipos de especializações e doenças, que encontrarão o tratamento adequado ou evitarão que a doença acometa você e a sua família.
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